Transporte marítimo: quando usar FCL ou LCL na sua importação do Brasil para Portugal?
Quando falamos em importação internacional, é comum pensarmos no transporte aéreo como a primeira opção. Porém, dependendo do tipo e do volume da carga, o transporte marítimo pode ser uma alternativa mais estratégica — e econômica. O que muita gente não sabe é que o transporte por navio não exige que o importador tenha carga […]
Quando falamos em importação internacional, é comum pensarmos no transporte aéreo como a primeira opção. Porém, dependendo do tipo e do volume da carga, o transporte marítimo pode ser uma alternativa mais estratégica — e econômica.
O que muita gente não sabe é que o transporte por navio não exige que o importador tenha carga suficiente para encher um contêiner inteiro. Existem diferentes modalidades dentro do frete marítimo, e neste artigo eu vou te explicar de forma simples e direta a diferença entre FCL e LCL, além de quando cada um vale a pena.
O que é FCL e LCL no transporte marítimo?
Vamos começar pelo básico: o que esses termos significam?
FCL (Full Container Load): significa carga com contêiner completo. Neste caso, o importador contrata um contêiner inteiro, exclusivo para a sua mercadoria.
LCL (Less than Container Load): refere-se à carga fracionada. Ou seja, o importador contrata apenas uma parte do espaço dentro de um contêiner, que será compartilhado com cargas de outros embarcadores.
LCL: quando a carga não enche um contêiner
O LCL é ideal para quem ainda não tem volume suficiente para contratar um contêiner exclusivo, mas quer aproveitar as vantagens do transporte marítimo — que, em geral, tem um custo por quilo ou metro cúbico menor do que o frete aéreo.
Nesse modelo, você paga apenas pelo espaço que sua carga ocupará no contêiner. A documentação é individualizada e o processo de desembaraço aduaneiro ocorre de forma separada, o que significa que um problema com outra carga não impactará a liberação da sua.
Ponto de atenção: embora o valor do frete puro (freight) no LCL seja bastante atrativo, é importante considerar os custos fixos cobrados pelos agentes de carga e terminais nos portos de destino. Taxas como THC (Terminal Handling Charge), desconsolidação, armazenagem e documentação podem encarecer a operação — a ponto de, em alguns casos, torná-la mais cara que o transporte aéreo para volumes muito pequenos.
FCL: o contêiner é só seu
Já no modelo FCL, o contêiner é contratado exclusivamente para a sua mercadoria, mesmo que ele não seja totalmente preenchido. Em média, essa opção costuma compensar a partir de 8 paletes padrão, mas esse número pode variar conforme o tipo de produto e o custo do frete no momento da contratação. Não se trata de uma quantidade fixa.
Uma vantagem importante do FCL é que você terá maior controle sobre o carregamento, podendo organizar a carga de forma estratégica e segura, o que reduz o risco de avarias. Além disso, o tempo de liberação aduaneira tende a ser mais rápido, já que o processo não envolve a consolidação ou separação de mercadorias de diferentes importadores.
Mas atenção: quando se contrata um contêiner exclusivo, a responsabilidade pelo correto acondicionamento da carga dentro do contêiner é do exportador. É essencial garantir que a carga esteja bem fixada, para evitar deslocamentos durante a travessia marítima e possíveis danos.
Custos, prazos e cuidados logísticos
De forma geral, tanto no modelo FCL quanto LCL, o prazo médio de transporte marítimo entre Brasil e Portugal gira em torno de 35 a 45 dias, dependendo da origem da carga e do porto de destino.
Os principais custos envolvidos nesse tipo de importação são:
- Frete internacional (valor do transporte em si)
- Despesas portuárias (embarque e desembarque)
- Despacho aduaneiro no país de destino
- Taxas fixas de consolidação/desconsolidação, no caso do LCL
- Armazenagem no porto de destino, se houver atrasos na liberação
- Seguro internacional, recomendado para proteger a mercadoria durante a viagem
- Cada um desses pontos deve ser considerado no cálculo total da operação para evitar surpresas desagradáveis no custo final da importação.
Qual opção é melhor para a sua importação?
A resposta, como quase tudo no comércio exterior, é: depende. Se você tem uma carga volumosa e ou pesada; ou ainda pretende enviar amostras o LCL pode ser uma porta de entrada estratégica para testar o mercado europeu.
Se já trabalha com volumes maiores, cargas mais sensíveis ou que precisam de mais controle, o FCL tende a ser a melhor escolha em termos de custo-benefício e presivibilidade.
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